totem

Tunis se tornou totem da minha espiritualidade. O que mais verdadeiro me negava que acontecesse. E no risco iminente, corri com Isaque vivo, minha história, o meu futuro. Na vida por nome, ali, a morte, minha tumba. Meu filho recém-nascido, não sacrificado, fruto da minha inabilidade de procriar e enxerga-lO, minha real incapacidade, o ídolo mais sorrateiro, o estandarte da minha religião.

Ninguém mais o vê. Nem mesmo, eu, vejo. Mas é claro, com Harissa nos olhos… fumaça vislumbrante, o ar cortante. O fogo rarefeito. Por isso hei de queimar, mas uma vez, em mais um aventura. Talvez fique e volte. De soltar o sol sobre a pele. Pois isto não é novo. Nada é. Mal negava, já acontecia.

Eis a não–volta,
a p a l a v r a
De quem nunca não–esteve.

Nota

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